BRASÍLIA - As 187 mil novas urnas eletrônicas que estreiam nas eleições de 2010 permitirão, pela primeira vez, que os eleitores vejam as fotos dos candidatos em cores.
Outra inovação é a aposentadoria do disquete, item de armazenamento que está saindo de linha em diversas fábricas. Agora, as urnas tem dispositivos com entrada USB semelhantes a pen drives.
A inovação tecnológica permite que a capacidade de armazenamento das urnas novas seja 34 vezes maior que as de 12 anos atrás. A velocidade no processamento de dados também melhorou.
“As urnas que estão sendo substituídas chegavam a ter 8 mega de memória RAM [número que indica velocidade de processamento de dados]. Hoje, qualquer computador tem no mínimo 516 [mega] de memória”, disse Giuseppe Janino, secretário de Tecnologia da Informação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Além do atraso tecnológico, outro motivo que leva as urnas à aposentadoria são falhas em componentes eletrônicos. “As urnas estragam mais rápido que os computadores porque, embora sejam usadas apenas de dois em dois anos, acabam pegando poeira, calor, umidade, e principalmente, levam impactos fortes quando são transportadas aos locais de votação”, afirmou.
Segundo o técnico do TSE, a troca de urnas é fundamental para garantir a normalidade das votações. “Há estudos indicando que as urnas mais antigas, como as de 2000 e 2002, apresentam mais do dobro de falhas das urnas mais novas”, disse. Ele ainda acrescentou que o número de falhas cresce exponencialmente conforme as urnas ficam mais velhas.