Você talvez nunca tenha ouvido falar no nome Denuvo, mas a empresa realiza um serviço que impedia que jogos fossem crackeados e pirateados. A frase está no passado, porque o software da companhia, uma vez considerável impenetrável, já foi tão ultrapassado ao ponto de que os desenvolvedores decidiram abandoná-lo de uma vez.
O fato é que quando uma ferramenta de DRM (gerenciamento de direitos digitais na sigla em inglês) é quebrada, ela deixa de valer qualquer coisa, tornando o pagamento pelo serviço um custo desnecessário.
Assim, a Bethesda, responsável pelo jogo Doom lançou uma atualização para o game que remove a proteção Denuvo. O mesmo vale para o jogo independente Inside, desenvolvido pelo estúdio Playdead, que também não usa mais o software de segurança.
Curiosamente, existe a especulação de que, como o serviço não ofereceu a proteção prometida, as desenvolvedoras podem receber um reembolso pela brecha. Segundo o rumor, o contrato prevê a devolução do dinheiro se o sistema fosse quebrado antes de um período acordado, mas nenhuma das partes envolvidas se manifestou para desmentir ou confirmar a informação.
Durante dois anos, a proteção Denuvo foi considerada impenetrável, assegurando contra pirataria os jogos de empresas que podiam bancar o serviço, que não era barato. O sistema funcionava criando uma chave única para o jogo baseada nas configurações de hardware do comprador legítimo daquele jogo. Quando o sistema reconhece que o jogo está rodando em um computador diferente daquele originalmente registrado, ele faz o que é necessário para que o game não funcione como deveria.
A proteção era considerada inquebrável, mas as rachaduras nesta parede de proteção começaram a aparecer em agosto. Um hacker conhecido pelo pseudônimo de Voksi, conseguiu criar uma forma de driblar (e não quebrar, que fique clara a diferença) aproveitando a versão demo do jogo Doom, com a qual foi possível ganhar acesso ao jogo completo.
Pelo que se sabe, até o momento quebrar a proteção Denuvo não é simples nem rápido, nem há um método prático que possa ser generalizado de um game para outro. No entanto, vários jogos que recorriam a ela já foram crackeados nos últimos meses, incluindo Deus Ex: Mankind Divided, Mirror’s Edge: Catalyst, Rise of the Tomb Raider, além dos já citados Doom e Inside.
Fonte Olhar Digital